Atenção! Esse texto, demasiado autobiográfico, tem mais referências e homenagens que propriamente conteúdo original…
(Lembrei-me com bastante carinho de alguém muito importante; pedi licença a João Cabral de Melo Neto, Luis Eduardo Aute e Chico Buarque; agradeci a ideia ao meu amigo André Viana e o dediquei a uma amiga muito querida, ela sabe…)
Fue en este cine, ¿te acuerdas?, en una mañana al este del edén, James Dean tiraba piedras a una casa blanca, entonces te besé…
O disco de Aute rodava frenético na vitrola, “las cuatro y diez” martelava meus ouvidos e uma onda amazônica de nostalgia, triste, tomou todo o meu corpo. Chorei um atlântico, atulhei de lágrimas os leitos secos dos rios, inundei de águas as agonias dos mares, saturei de humores todos os lagos do mundo!
Então tirei a bolacha do Aute da vitrola, meti-lhe em cima “Fear of the dark”, deixei Bruce Dickinson transformar o amazonas de lágrimas num saara ao meio-dia e fui comprar o pão para a sopa da noite…
¹ Foi neste cinema, lembra?, numa manhã a Leste do Éden, James Dean jogava pedras numa casa branca, então eu te beijei (trad. livre do trecho da música do espanhol Luis Eduardo Aute, Las cuatro y diez)

Foto : Márcio Funcia . (Parque do Ibirapuera-São Paulo)